Ano velho que se vai
no romper dos fogos de artifício
... artificiais
abraços trocados
... artificiais
abraços trocados
sorrisos
estampados nos rostos
o espocar da rolha de champagne
... (na verdade, cidra)
taças cheias erguidas num brinde
“ adeus ano velho, feliz ano novo”
-tin-tin...
taças cheias erguidas num brinde
“ adeus ano velho, feliz ano novo”
-tin-tin...
a ceia na mesa posta
um convite ao regozijo
um convite ao regozijo
um prazer para os olhos
e para as bocas ávidas
fartam-se todos nesse banquete
nada se pensa nessa hora
tudo é festa e celebração
nada se pensa nessa hora
tudo é festa e celebração
...
lá fora no escuro da rua
deitada sobre jornais
deitada sobre jornais
uma criança chora
mas quem a escutará?
Ianê Mello
(05.01.13)
Ianê Mello
(05.01.13)
Um comentário:
Na verdade pouco coisa ou nada muda de um ano para o outro. A realidade das ruas é a mesma há séculos, muda-se apenas o tempo, a forma de se vestir, mas o abandono parece eterno.Beijos.
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