domingo, 6 de janeiro de 2013

O QUE MUDA AFINAL?



Ano velho que se vai
no romper dos fogos de artifício
... artificiais
abraços trocados
 sorrisos estampados nos rostos
o espocar da rolha de champagne
... (na verdade, cidra)
taças cheias erguidas num brinde
“ adeus ano velho, feliz ano novo”

-tin-tin...

a ceia na mesa posta
um convite ao regozijo
um prazer para os olhos
e para as bocas ávidas
fartam-se todos nesse banquete
nada se pensa nessa hora
tudo é festa e celebração

...

lá fora no escuro da rua
deitada sobre jornais
uma criança chora
mas quem a escutará?


Ianê Mello

(05.01.13)








Um comentário:

Arnoldo Pimentel disse...

Na verdade pouco coisa ou nada muda de um ano para o outro. A realidade das ruas é a mesma há séculos, muda-se apenas o tempo, a forma de se vestir, mas o abandono parece eterno.Beijos.